AULA PRÁTICA SOBRE MACROALGAS REALIZADA EM ICAPUÍ
Esta aula de campo teve como objetivos conhecer um pouco sobre a importância das algas que lá se encontram para ecossistema marinho ,bem como sua utilidade para homem .Oportunizando assim conciliar teoria e prática .
A aula foi ministrada pela professora de Biologia Edvânia Maria da E.E.F.M. Beni Carvalho. O roterio de estudo foram:
- Estudo dos aspectos Histórico e geográfico da Praia de Ponta Grossa;
- Coleta de materiais para análises e estudos no Laboratório de Ciências da E.E.F.M. Beni Carvalho ;
- Identificação das principais espécies de algas do grupo das macroalgas;
- Extração de ágar para a produção de geleias, muce, bem como, criação de meio de cultura para bactérias;
- Estudo da importâncias das algas para os ecossistemas marinhos;
- Estudo das algas como utilidades para o homem em sua alimentação; cultivos, produção de medicamentos, cosméticos e sobrevivência do proprio o homem com produtor de 90% de oxigênio para a atmosfera.
Aspectos Históricos e Geográficos da Praia de Ponta Grossa
Ponta Grossa localiza-se na costa leste do Estado do Ceará . Dizem os historiadores que foi lá que o navegador espanhol Vicente Pinzón desembarcou no Brasil – antes de Cabral. Como não se tratava de uma viagem oficial, a visita não foi aceita como um descobrimento. Fala-se que Pinzón, dois meses antes de Cabral chegar a Porto Seguro, na Bahia, teria batizado o lugar de Cabo de Santa Maria de la Consolasción.
A praia também teve colonização holandesa, o que é fácil perceber pela pele branca e cabelos claros dos moradores da vila. A comunidade é bem fechada, formada por evangélicos, sendo bastante comum o casamento entre primos.
Ponta Grossa permanece uma praia quase de estado nativo, é isolada e sem grande infra-estrutura turística. É lá que se come a lagosta mais saborosa da região e os melhores e maiores camarões e peixes. Há uma única pousada no local e duas barracas de praia: a Pantanal e a do Seu Chico – da família Crispim, praticamente a única da comunidade.
O local, de paisagens selvagens com falésias de diferentes cores, é marcado por uma enorme ponta de pedra em barro vermelho que entra mar adentro. Na maré baixa, expõe uma fonte de água doce na praia. Aqui os visitantes observam as belas formações rochosas com as mais variadas cores, do amarelo, passando pelo laranja, vermelho, ocre e até mesmo incríveis tons de vinho que lembram os cenários de filmes como ‘O Piano’ e ‘Guerra nas Estrelas’.
Fator geográfico
A área contempla um Sítio arqueológico,, possui uma geologia ímpar. Ela está inserida no extremo oeste da Bacia Potiguar, enquadrada geologicamente no contexto da Plataforma de Aracati e geograficamente situada entre as praias de Mutamba e Retiro Grande. Nesta área, as rochas que afloram podem ser individualizadas em dois grandes grupos:
a) uma unidade carbonática (calcários e margas) correlacionada à Formação Jandaíra. Esta ocorre de forma restrita, sob a forma de lajedos, na base das falésias. Afloram mostrando aspecto maciço e exibindo localmente macrofósseis (miliolídeos, gastrópodas, ostracodes e algas verdes); e
b) unidades siliciclásticas (arenitos, siltitos, argilitos e areias) correlacionadas às formações Barreiras e Potingar, que predominam lateral e verticalmente, ao longo das falésias.
Conhecendo Melhor as Algas Marinhas
O termo Alga engloba diversos grupos de especies fotossintetizantes, pertencentes a reinos distintos, mas tendo em comum o fato de serem desprovidos de raízes, caules, folhas, flores e frutos. São avasculares, ou seja, não possuem mecanismos específicos de transporte e circulação de fluidos, água, sais minerais, e outros nutrientes, como ocorre com as plantas mais evoluídas. Não possuem seiva. São portanto, organismos com estrutura e organização simples e primitiva. As algas podem ser divididas didaticamente em dois grandes grupos: microalgas e macroalgas.
As microalgas são unicelulares, algumas delas com algumas características das bactérias, como é o caso das cianofíceas ou algas azuis, as quais têm núcleos celulares indiferenciados e sem membranas (carioteca). A maioria delas tem flagelos móveis, os quais favorecem o deslocamento.
Existem vários grupos taxonômicos de microalgas marinhas, no entanto, as principais são as diatomaceas e os dinoflagelados. Estes são os principais componentes do fitoplâncton marinho, ou plâncton vegetal. Estas microalgas se desenvolvem na água do mar apenas na região onde há a penetração de luz (zona fótica), ou seja, basicamente até os 200 metros de profundidade. São responsáveis pela bioluminescência observada ao se caminhar na areia das praias durante a noite. As marés vermelhas, na verdade são explosões populacionais de certos tipos de algas (dinoflagelados), as quais mudam a coloração da água. Estas algas liberam toxinas perigosas inclusive para o ser humano.
As algas marinhas são o verdadeiro pulmão do mundo, uma vez que produzem mais oxigênio pela fotossíntese do que precisam na respiração, e o excesso é liberado para o ambiente. A Amazônia libera muito menos oxigênio para a atmosfera em termos mundiais, pois a maior parte do gás produzido é consumido na própria floresta.
As microalgas pertencentes ao fitoplâncton marinho são basicamente as algas azuis, algas verdes, euglenofíceas, pirrofíceas, crisofíceas, dinoflagelados e diatomaceas. A classificação destes grupos é bastante problemática devido ao fato de apresentarem características tanto de animais como de vegetais.
As macroalgas marinhas são mais populares por serem maiores e visíveis a olho nu. As várias centenas de espécies existentes nos mares, ocorrem principalmente fixas às rochas, podendo no entanto crescer na areia, cascos de tartarugas, recifes de coral, raízes de mangue, cascos de barcos, pilares de portos, mas sempre em ambientes com a presença de luz e nutrientes. São muito abundantes na zona entre-marés, onde formam densas faixas nos costões rochosos. Estas algas são representadas pelas algas verdes, pardas e vermelhas, podendo apresentar formas muito variadas (foliáceas, arborescentes, filamentosas, ramificadas, etc). As laminarias (Kelp beds) são algas verdes gigantes que podem, chegar a várias dezenas de metros de comprimento). Todas estas macroalgas mantém uma fauna bastante diversificada, a qual vive protegida entre seus filamentos. Esta fauna habitante das algas é chamada de Fital.
As algas marinhas têm uma função primordial no ciclo da vida do ambiente marinho. São chamados organismos produtores, pois produzem tecidos vivos a partir da fotossíntese. Fazem parte do primeiro nível da cadeia alimentar e por isso sustentam todos os animais herbívoros. Estes sustentam os carnívoros e assim por diante. Portanto, as características mais importantes das algas são: consumem gás carbônico para fazer fotossíntese, produzem oxigênio para a respiração de toda a fauna, são utilizadas como alimento pelos animais herbívoros (peixes, caranguejos, moluscos, etc), filtradores (ascídias, esponjas, moluscos, crustáceos), e animais do plâncton (zooplâncton). São um grupo muito diverso, contribuindo significativamente para elevar a biodiversidade marinha.
alunos coletando algas
Espécie de Cloroficias