sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A caatinga corre risco de sumir?

Sim. Esse ecossistema de regiões alterada por ação humana semiáridas ocupa 11% do território nacional quase 845 mil km2 – e já teve cerca de 80% da área

A principal vegetação do Nordeste se estende do Maranhão até Minas Gerais, fornecendo recursos naturais, como água, vegetais e madeira, a 27 milhões de pessoas. Por ser pouco estudada, a caatinga é tratada como se fosse pobre em biodiversidade, o que estimula desmatamentos e queimadas que ameaçam a vida de espécies vegetais e animais. Esse quadro ainda pode piorar, já que menos de 1% da área ocupada pela caatinga está sob proteção ambiental.

VIDAS SECAS
Espécies mais ameaçadas de desaparecer da caatinga:

ARARINHA-AZUL – Ave exótica, vítima do tráfico ilegal e ameaçada de extinção. Restam menos de cem exemplares em cativeiro – a maioria, fora do Brasil. O desmatamento de árvores altas e antigas dificulta sua reprodução.
BARAÚNA - Está presente em toda a área da caatinga e aparece também em algumas regiões do pantanal. Por oferecer madeira resistente, é considerada por alguns como a “substituta” da aroeira-do-sertão, embora também esteja ameaçada de extinção.
BICHO-PREGUIÇA - É comercializado ilegalmente e corre o risco de desaparecer da fauna local. Por se alimentar de folhas de árvores, também é ameaçado pelo desmatamento.
AROEIRA-DO-SERTÃO - Nativa da caatinga e do cerrado, já figura na lista de espécies ameaçadas. Já foi predominante no bioma nordestino e, por fornecer uma Madeira de boa qualidade para a construção civil, é explorada de maneira irresponsável – e sem fiscalização.
GATO-MARACAJÁ - Caçado por causa da pele, usada parafazer casacos, sumiu da caatinga. O felino se alimenta de espécies que vivem em árvores – cada vez mais raras na caatinga – e é alvo do tráfico de animais silvestres.

COMO SALVAR A CAATINGA?
Além de estabelecer políticas públicas para conservar a caatinga e fiscalizar sua exploração, uma alternativa para salvar o ecossistema seria aproveitar a vegetação como matéria-prima para produtos alimentícios, artesanato e fármacos – o velame e o araticum combatem febre e diarreia, por exemplo.

*CONSULTORIA: Alexandre Marco da Silva, professor de engenharia ambiental da Unesp, em Sorocaba; Marcelo Tabarelli, do departamento de botânica da UFPE

2 comentários:

  1. Gostei muito de conhecer os dez animais que estão ameaçado de extinção na Caatinga, muitos deles eu não sabia que era nem da caatinga. E outros já foram até servido por minha mãe na hora do almoço, mas é issso é matado que sobrevive outra espécie. Desculpa ai bichinho. Tatu bola, preá, peba, tijuasú.

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  2. Sei que muito dificil falar de uma coisa que não se conhecer como a floresta da caatinga , mas fique adimirada em saber que boa parte de sua destruição são feitas através de queimadas realizadas por meus familiares que ainda fazem uso da agrucultura tradicional com a queima de rossado para a plantação de novas rossa. A professora Edvânia nos deu uma aula sobre agrucultura que fiquei triste de saber que quando meu pai reunia um grupo de pessoas para a queima de um rossado muitos bihos eram mortos sem o aviso previo de sua sentença, que para nós era motivo de festa de ver a labareta de fogo e para os pobre bichinhos eram seu fim. Neste dia não consegui em dormir de noite me lembrando do esforço que os animais tinha de se salvarem, do piado dos passaros, da cobras se rarastando. E quando falei pra o meu pai da aula ele diz apenas que foi assim que aprendeu com o seu pai e avó e que não sabia outra forma ou dinheiro de fazer da forma que era certo. Que Deus perdoe a todoas as criaturas que praticam as queimadas.

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